domingo, 29 de agosto de 2010

CRIANÇAS INTELIGENTES









É comum os pais terem ansiedade em saber se os filhos são realmente inteligentes. Pensando em aumentar a inteligência da criança, alguns deles estimulam seus filhos desde que nascem, de maneira exagerada, tentando ultrapassar o seu desenvolvimento natural.

A maturação da criança ocorre enquanto se desenvolve, e quando nasce seu cérebro possui cerca de 100 bilhões de neurônios que realizarão durante a infância, sinapses (conexões entre os neurônios), que funcionaram como meio de aprendizagem e acomodação desta na memória da criança.

"O Dr. Luis Celso Vilanova, chege do Departamento de Neurologia Infantil da Unifesp, ressalta que a Sociedade Americana de Pediatria recomenda que a gestante se abstenha do álcool dutante toda a gravidez, pois mães alcóolatras podem ter filhos com malformações cerebrais." A Síndrome Fetal Alcoólica por exemplo é uma delas, ocasionando no bebê também déficit cognitivo, além de outras funções que estarão em comprometimento.

A inutilidade de se forçar a maturidade infantil é comprovada pela ciência, pois as crianças que possuem estimulação precoce exarcebadas, durante seu desenvolvimento, se igualam a uma criança que obteve níveis de estimulação adequados para a idade. Por exemplo, é comum vermos famílias que acham lindo quando o seu bebê de três anos já poderia ler ou escrever. Não é absurdo? É só uma criança, que terá sua infância perdida.

É verdade que as crianças atualmente estão mais espertas, pois os ambientes estão também muito mais estimuladores, com brinquedos que facilitam o aprendizado da criança. Os pequenos acabam falando mais cedo, e com um vocabulário mais rico. Mas estimular sem "respeitar" o tempo da criança, pode prejudicá-la, pois muitas vezes as funções ainda não estão organicamente preparadas para a chegada das informações, lembrando que o aprendizado se dá não somente pelo recebimento destas, mas também pela assimilação e acomodação. Os períodos certos para se desenvolver determinadas habilidades, são chamados de "janelas de oportunidades"

Também não podemos nos esquecer, que o afeto está inteiramente ligado ao aprendizado. Não somente a quantidade de informações que a criança recebe, mas a qualidade é fundamental para o equilíbrio da aprendizagem. O prazer adquirido no momento em que aprendemos, com alegria, amor e elogios, reforçam as informações que adquirimos.

fonte: http://guiadobebe.uol.com.br/bb2a3/como_os_pais_podem_desenvolver_a_inteligencia_da_crianca.htm

4 comentários:

  1. Você falou em álcool. Eu já soube de um caso em que a mãe dava bebida alcóolica ao filho de 4 anos com a finalidade de adormecê-lo para ela ir à balada. Isso causou danos mentais irreversíveis ao menino.

    Em relação aos estímulos, eu tenho uma dúvida: É saudável expôr o bebê ao som de músicas clássicas? Já ouvi falar que isso estimula a inteligência.

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  2. Olá, sou uma seguidora do seu Blog.Obrigada por se dispor a compartilhar essas informações tão importantes. Concordo com você: Realmente devemos evitar o exagero, a ansiedade. Não sou contra nem a favor da leitura precoce. Eu sou a favor de qualquer iniciativa que venha a melhorar a educação de nossas crianças Comecei a estimulá-las desde tenra idade. Estímulos como brincadeiras, abraços, cantar para o bebê, dar oportunidade para que ele engatnhe, arraste, ensinar-lhe os nomes das partes do corpo, das frutas, das pessoas.A leitura e a Matemática foram apenas alguns desses estímulos. Talvez até os mais divertidos para elas.Na verdade, tudo o que é captado pelos órgãos dos sentidos será capaz de gerar sinapses. Cada vez mais me convenço da importância dos estímulos precoces. Principalmente os motores, que são os que geram o maior número de sinapses. Não as estimulei para que fossem melhores que os outros, mas apenas porque este foi o meu instinto natural de mãe e de professora. Simplesmente não conseguia evitar. Uma renomada Psicomotricista aqui de Minas, ficou impressionada com os desenhos de minhas filhas, com a coordenação motora,o esquema corporal, com a lateralidade totalmente definida, com apenas 3 anos de idade). O Dr. Neil Harvey publicou um estudo intitulado "Kids who Start Ahead, Stay Ahead" em que constatou que as crianças que recebem estímulos em tenra idade , na verdade, continuam à frente dos companheiros. Na década de noventa, inúmeros estudos constataram a importância dos estímulos precoces para o desenvolvimento cerebral: o cérebro, afinal cresce com o uso, não com o tempo. Escrevi um pouco sobre o assunto em http://ensineseubebe.blogspot.com/2010/03/qual-importancia-da-estimulacao.html
    Mesmo não estando à sua altura, como profissional, gostaria de, como mãe, trocar idéias com você.
    Abraços

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  3. Entendo por "exacerbado" , um estímulo muito frequente e muito intenso ( música alta demais, luzes muito intensas, estampidos repetitivos, ficar horas na TV...). Excetuando-se esses casos, o bebê está preparado para receber uma quantidade enorme de estímulos. Assim como o acúmulo de conhecimento nunca poderá ser considerado exagerado, pois aprender nunca é demais, estimular o bebê também nunca será demais. Quanto mais estímulos, melhor. Acho inquietante lembrar que o cérebro simplesmente descarta as conexões pouco usadas, por volta dos 3 anos de idade, ou antes. Para que tais conexões façam parte do circuito permanente do cérebro, os estímulos têm de ser repetidos muitas vezes. Não conheço nenhum estudo demonstrando que crianças que foram estimuladas nos primeiros 3 anos de vida, possam ser igualadas por seus pares, que receberam poucos estímulos. Claro que há o fator genético, mas este responde apenas por 30%. Richard Nisbett, professor da Universidade de Michigan, um dos mais eminentes estudiosos da área, declarou : “Durante muito tempo [...] prevaleceu a idéia de que aqueles que não tinham sido privilegiados pelos genes, pouco poderiam fazer para aumentar seu desempenho”. “A inteligência pode ser construída”, diz. Quanto maior a quantidade de estímulos nos primeiros anos, maior a plasticidade do cérebro no futuro e sua facilidade para aprender. Obviamente, há pessoas que se excedem, tomando o rumo da competitividade. Mas o que acho ainda mais triste é ver a quantidade de crianças com “deficit” de aprendizagem em nossos dias. Estudos têm ligado essa deficiência, dentre outras causas, à escassez de estímulos nos primeiros anos. Sem dúvida a falta de estímulos, é pior que o “excesso”...

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  4. Adorei seu post.
    Sou mae e creio que os estimulos sao importantes para o desenvolvimento da criança, o problema maior é a expectativa que se gera em torno dela, se vai ser mais inteligente que a filha do meu vizinho.
    Obrigada por compartir!

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