quarta-feira, 30 de junho de 2010

MASSAGEM EM BEBÊ



Para dar as boas vindas a um bebê, não há nada melhor do que acariciá-lo delicadamente, como no toque da borboleta, um jeito gostoso de você e seu filho se conhecerem.
O oriente descobriu há milênios que o toque é essencial para o desenvolvimento integral do ser humano. Pouco a pouco, nossa civilização vai descobrindo que carícias fazem bem ao corpo e à alma e que quanto mais cedo têm início, melhor. Foi pensado na importância da estimulação tátil desde os primeiros dias de vida, que a americana Eva Reich criou uma massagem para bebês, o Toque da Borboleta.
No Brasil, primeira divulgadora da técnica é a pedagoga Maria Aparecida Alves Giannotti, autora do livro Massagem para bebê – Toque da borboleta. Desde 1981, ela adotou a massagem que tem a vantagem sobre a shantalla de não exigir o uso de óleos e de poder ser feita desde os primeiros dias por ser muito suave.
Muitos benefícios
"A criança avança em termos de desenvolvimentos cognitivo, motor, de autopercepção e efetivo", explica a pedagoga. A primeira é quanto ao padrão de sono, que se torna mais estável.
O toque aumenta a resistência a doenças. Maria Aparecida conta que um pediatra americano dividiu os seus pequenos pacientes em dois grupos. Parte das mães foi orientada a tocar as costas do filho diariamente enquanto as demais não.
Resultado: as crianças que haviam sido tocadas apresentavam menor incidência de doenças infantis. A enfermeira Ruth Rice, que trabalha com prematuros nos EUA, e a própria Eva Reich constataram que os recém-nascidos estimulados através do toque da borboleta apresentavam melhor desenvolvimentos neurológico e melhores reflexos em relação aos que recebiam atendimento de rotina.
A criança desnutrida também sai ganhando - "Muitas vezes, a desnutrição é também de afeto e carinho. A partir do estabelecimento de vínculos afetivos, ela começa a comer. Conseqüentemente, desenvolve-se fisicamente e aceita melhor o carinho"- diz maria Aparecida.
Como é a massagem
No toque da borboleta, os movimentos, sempre suaves, começam na cabeça e vão descendo até os pés. São simétricos e feitos primeiro na frente e depois atrás. No final, o bebê é embalado durante um minuto. "O balanço é superimportante. Segundo o cientista americano Ashley Montegu, ele melhora a digestão. Nos berçários dos hospitais americanos há uma cadeira de balanço para a enfermeira, principalmente em berçários de alto risco", afirma a pedagoga.
Antes de começar, lave as mãos, enxugue-as e esfregue-as, isso concentra a energia. Cada movimento é feito com extrema delicadeza. Só há dois lugares em que se exerce uma certa pressão: na palma das mão e na sola dos pés, sempre em direção aos dedos. Segundo a medicina tradicional chinesa, na sola dos pés estão projetados todos os órgãos. Ao ser massageada, automaticamente os órgãos internos também o são. Para os menos crentes nas técnicas orientais, vale lembrar que mãos e pés contêm muitas terminações nervosas. Mais importante do que a técnica é o modo como é feita. Nada de passar a mão e pronto. Tem de ser uma relação afetuosa, com o adulto olhando atentamente o bebê. Caso tenha sido um parto difícil, às vezes, o bebê não gosta que se toque a sua cabeça. Aí, você pode começar a massagem pelas costas.
Olho no olho
No toque da borboleta, o olhar é tão fundamental quanto a carícia. "Já vi belas fotos de recém-nascidos olhando atentamente para o olhar da mãe. Há um estudo comparando bebês prematuros em que a mãe ficava um longo período olhando para a criança e bebês que não recebiam esse tipo de atenção. Os primeiros desnvolveram um QI bem maior do que os demais".
O lugar ideal
Escolha um ambiente calmo. Dê preferência ao local mais aquecido da casa ou, então, à hora mais quente do dia. Lembre-se que seu filho fica nuzinho durante toda a massagem. Coloque-o sobre um colchonete coberto com um lençol ou uma toalha, pois é comum ele fazer xixi devido ao relaxamento produzido pelo toque.
O melhor horário
Evite fazer a massagem logo depois de alimetar a criança, pois toda a sua energia está focalizada na digestão, ou quando ela estiver com muita fome. Antes ou depois do banho é um bom horário. Aproveite também o tempo em que a criança estiver na banheira para fazer alguns movimentos adicionais. O ideal é tocar a criança três vezes por dia.
Quando o bebê está maiorzinho, dificilmente a mãe conseguirá fazer a massagem mais do que uma vez, pois ele se mexe muito. Se a mamãe quiser aproveitar o momento para ficar conversando com o pequeno, a duração da massagem pode atingir até meia hora. Tudo depende da disponibilidade de ambos.
A massagem pode ser feita desde o nascimento, mesmo em prematuros. É importante, no entanto, respeitar os limites da criança. Se ela demonstrar que não quer ser massageada, não force. Apenas toque o campo energético do bebê (ao redor do corpo), dinamizando-o com movimentos circulares. Isso acalma a criança e possibilita que a massagem seja feita logo em seguida.

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